sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Som do Coração

Da última vez que postei, falava de como Deus escreve certo por linhas tortas. Encerrava um ciclo importante, e fui viajar.

Passei 13 dias fora, e o mundo não acabou (constatação bombástica). Visitei duas cidades nos Estados Unidos que conheci quando menina. Mas a maturidade nos presenteia com outros olhos, olhos de enxergar gente, cultura e hábitos como quem saboreia lentamente uma nova realidade. Tive um vislumbre do que seria a vida em outro país. Andei, esfriei a cabeça, conheci pessoas interessantes. Foi ótimo. Voltei renovadíssima, cansada de corpo, refrescada na mente, que é a locomotiva da vida racional, que sustenta o emocional saudável.

Ao chegar aqui, passadas as expectativas, e o furor das férias não planejadas, encontrei a vida livre, limpa. Uma folha em branco, com páginas difíceis viradas, com altos custos já pagos, e a oportunidade de refazer a minha história, começando do único ponto que se pode começar: o agora.

E quantas surpresas gostosas essa volta me reservou. Achei um amor doce, suave, companheiro, disponível. Estou curtindo cada pedacinho, cada nuance desta história nova, que só eu posso escrever. Que delícia de retorno.

Nem sempre é como a gente planeja, e assim é muito mais legal. O Deus que escreve certo por linhas tortas tem uma maneira singular de nos presentear com a bonança plena, depois da tempestade negra.

Por isso eu agradeço, e espero que as lições sirvam de alerta, mas rogo para que nunca me paralisem. A vida é mais legal quando é vivida intensamente.

Um brinde aos novos começos!