domingo, 4 de julho de 2010

Das escolhas

Hoje recebi um e-mail desconsertante da minha amiga Vanessa.
Ela tem muita habilidade com palavras, me conhece muito bem, e é sempre muito perceptiva, disponível e querida.
Dormi poucas horas esta noite. Talvez o que esteja me tirando o sono seja o mesmo motivo da mensagem: estou dividida.
Tenho uma paixão proibida. Está difícil abrir mão. Está dificil continuar com ela. Não dá nem para escrever direito sobre isso, porque afinal é segredo. Fato é que estou de saco cheio de compartimentar a paixão num lugarzinho escondido da vida.
Gosto de interagir, de falar, de mostrar, de ver e ser vista, e gosto de ouvir o que os outros pensam a respeito do que estou fazendo. Mas nada disso eu posso fazer quando se trata da tal paixão proibida.
O que nos leva às tais escolhas do título. Será melhor aproveitar o momento? Será possível fazer isso sem culpa, sem neuras? Ou é melhor cortar o mal pela raiz? Pensar a longo prazo, projetar o fim da história, mapear as dores que com certeza virão, a frustração que nos espera? E parar desde logo com essa história de ver onde vai dar, com essa história de enquanto isso a gente vai levando.
Dizem que não importa tanto onde se chega, mas a jornada, o caminho que se faz. Mas se o caminho é de culpa, de frustração, de se sentir usada até, talvez realmente não valha a pena.
Ah, as escolhas. Minha amiga, também de libra, e eu bem sabemos como elas podem nos atormentar. Costumamos brincar sobre como é dificil ao "librão" lidar com as encruzilhadas da vida. Enquanto não sei o que fazer, vou de Zeca Pagodinho, deixa a vida me levar. Será?

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