domingo, 27 de junho de 2010

Soul Parsifal

Ninguém vai me dizer o que sentir
Meu coração está desperto
É sereno nosso amor e santo este lugar
Dos tempos de tristeza tive o tanto que era bom
Eu tive o teu veneno e o sopro leve do luar

Porque foi calma a tempestade
E tua lembrança, a estrela a me guiar
Da alfazema fiz um bordado, vem meu amor
É hora de acordar

Tenho anis, tenho hortelã, tenho um cesto de flores
Eu tenho um jardim
E uma canção, vivo feliz
Tenho amor, eu tenho desejo e um coração
Tenho coragem, e sei quem eu sou
Eu tenho um segredo e uma oração

Vê que a minha força
É quase santa
Como foi santo meu penar
Pecado é provocar desejo e depois renunciar

Estive cansada
Meu orgulho me deixou cansada
Meu egoismo me deixou cansada
Minha vaidade me deixou cansada

Nao falo pelos outros, só falo por mim
Ninguém vai me dizer o que sentir

Tenho jardim, tenho hortelã
Eu tenho um anjo
Eu tenho uma irmã
Com a saudade teci uma prece e preparei erva cidreira no café da manhã
Ninguém vai me dizer o que sentir, e eu vou cantar uma canção para mim

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Parágrafos conexos

Há duas semanas um amigo querido me inspirou a voltar a escrever no blog.
Ele é simples, direto, preciso e profundo em seus próprios textos. Tem uma serenidade que mostrou um outro lado seu, tão diferente do apressado e ávido que vemos pessoalmente.
Obrigada, amigo jornalista e sociólogo, o que para você, é um baita understatement.

De outro lugar da minha mente e das minhas experiências, sai a constatação de hoje.
Atitudes que antes eu condenava nos outros, com a maturidade passei a entender e aceitar. Escolhas que agora também são as minhas, e para as quais outrora não havia desculpa... Essas agora fazem parte da historieta que sou eu.

Hoje passei por vários lugares em que estive com uma pessoa que marcou minha vida para sempre. Sua lembrança não está nestes lugares de fora, mas nos lugares de dentro da alma. Mesmo assim ver, ouvir, tocar e lembrar são exercícios a que a mente dá inicio sem nos pedir licença. Logo a mente, que vinha sendo tão bem treinada para esquecer. E perdoar. Ou somente esquecer?

Precisamos de parágrafos conexos?